A reabilitação através dos
implantes osseointegrados é uma filosofia de tratamento
com alto índice de sucesso, tendo recebido
acompanhamento científico há mais de 30 anos. Desde a
primeira publicação, em 1.969, houve uma evolução muito
grande na Implantodontia, elevando as estatísticas de
sucesso a níveis superiores a 90 % nesses tratamentos.
Mais recentemente, essa previsibilidade levou ao
desenvolvimento de técnicas, cujo objetivo se traduz em
simplificar os procedimentos, diminuindo o período de
cicatrização, reduzindo custos e finalizando tratamentos
protéticos em até 24 horas após a cirurgia !
A partir deste conceito e
do fruto de experimentos científicos publicados em 1.977
e 1.999, pesquisadores mostraram que este novo
"protocolo" de carga imediata é de
realização possível e tem bom prognóstico.
O sucesso dessa terapia
está diretamente ligado às considerações clínicas do ato
cirúrgico em si, ou seja, o cirurgião utiliza seu senso
clínico para avaliar a qualidade óssea e a estabilidade
inicial (quantidade de força no "aperto" dos parafusos
implantados), pois dependemos disto para que se colham
os máximos benefícios preconizados pela técnica.
Assim sendo, a
carga imediata se firma como tratamento viável,
desde que a quantidade e qualidade ósseas sejam
suficientes, e preferencialmente se aplique o recurso na
região anterior de mandíbula (região mentoniana ou
"queixo"), onde normalmente se encontra osso mais denso.
A carga imediata requer menor número de cirurgias, visto
que o sistema tradicional aguardaria um "período de
osseointegração" dos implantes, entre 3 a 6 meses. Com o
tempo reduzido, maior o conforto ao paciente. Trata-se
de uma alternativa de tratamento diante das
opções disponíveis para os pacientes desdentados, ou
mesmo parcialmente desdentados, cuja situação precária
dos elementos dentários remanescentes não justifiquem o
enorme esforço em tentar manter os dentes naturais.
Amilcar Fernandes Neto